O impacto do consumo de agrotóxicos na prevalência de desfechos perinatais no Brasil

Raphael Mendonça Guimarães, Priscila Campos Bueno, Guilherme Apgáua, Gustavo Lima, Eduardo Martelli Moreira, Mateus Justi Luvizotto

Resumen


A contaminação por agrotóxicos gera discussão pelos impactos no meio ambiente e saúde. Os períodos natal e neonatal constituem janelas com susceptibilidade às consequências dos agrotóxicos. O estudo possui um desenho ecológico descritivo com o objetivo de verificar a existência de associação entre o consumo per capta dos agrotóxicos e eventos da gravidez e nascimento, através da quantidade consumida em 1997 e 2001 nos estados brasileiros. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. O estudo não recebeu financiamento, utilizou bases de dados populacionais públicas sem análises individuais. Nos cálculos foi utilizado o consumo per capta de agrotóxicos classificados em três grupos com os tercis de distribuição em ordem crescente. O banco de dados do Departamento de Informática do SUS foi utilizado na análise das variáveis de desfecho de gravidez. Os resultados evidenciam associação entre praguicida e prematuridade, bem como uma relação com baixo o peso ao nascer, porém, que pode ser também um efeito confundidor.

Palabras clave


Consumo de agrotóxicos, Desfechos perinatais, Impactos.

Texto completo:

PDF

Referencias


Brasil. Ministério da Saúde. Datasus. Disponível em:

Carson R. (2010). Primavera silenciosa. Ed. Gaia, São Paulo, Brasil.

Craig Z. R., Wang W. & Flaws J. A. (2011). Endocrinedisrupting chemicals in ovarian function: effects on steroidogenesis, metabolism and nuclear receptor signaling. Reproductiva. 142: 633-646.

Cremonese C., et al. (2012). Exposição a agrotóxicos e eventos adversos na gravidez no Sul do Brasil, 1996-2000. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro. 28: 1263-1272.

DATASUS/index.phP>. Acesso em: 11 jun. 2013. Friedrich K. (2013). Desafios para a avaliação toxicológica de agrotóxicos no Brasil: desregulação endócrina e imunotoxicidade. Vigilância Sanitária em Debate, v. 1, n. 2, 2013. Disponível em: . Acesso em: 10 de maio de 2013.

Gabel P., et al. (2011). The risk of cryptorchidism among sons of women working in horticulture in Denmark: a cohort study. Environ. Health. 10: 1-9.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2013). Censo Agropecuário de 1996. Disponível em: ftp:// ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Agropecuario_ 1995_96/. Acesso em 28 de novembro de 2013.

Moreira J. C., et al. (2002). Avaliação integrada do impacto do uso de agrotóxicos sobre a saúde humana em uma comunidade agrícola de Nova Friburgo, R. J. Ciênc. Saúde Coletiva. 7: 299-311

Murray T. J., et al. (2001). Endocrine disrupting chemicals: effects on human male reproductive health. Early Pregnancy. 5: 80-112.

Ochoa-Acuña H., et al. (2009). Drinking-water herbicide exposure in Indiana and prevalence of small-for-gestational-age and preterm delivery. Environ. Health Perspect. 117: 1619-1624.

Pierik F. H., et al. (2004). Maternal and paternal risk factors for cryptorchidism and hypospadias: a case-control study in newborn boys. Environ. Health Perspect. 112: 1570-1576.

Pierik F. & Klebanoff M. (2007). Maternal pregnancy serum level of heptachlor epoxide, hexachlorobenzene, and betahexachlorocyclohexane and risk of cryptorchidism in offspring. Environ. Research. 105: 364-369.

Sathyanarayana S., et al. (2010). Maternal pesticide use and birth weight in the agricultural health study. J. Agromed. 15: 127-136.

Trabert B., et al. (2012). Maternal pregnancy levels of trans-nonachlor and oxychlordane and prevalence mof cryptorchidism and

hypospadias in boys. Environ. Health Perspect. 120: 478-482.

Villanueva C. M., et al. (2005). Atrazine in municipal drinking water and risk of low birth weight, preterm delivery, and small-for-gestational-age status. Occup. Environ. Med. 62: 400-405.

Weidner I. S., et al. (1998) Cryptorchidism and hypospadias in sons of gardeners and farmers. Environ. Health Perspect. 106: 793-796.

Wohlfahrt-Veje C., et al. (2011). Lower birth weight and increased body fat at school age in children prenatally exposed to modern pesticides: a prospective study. Environ. Health. 10: 79.

WHO (2012). State of the science of endocrine disrupting chemicals. Geneva, Switzerland


Enlaces refback

  • No hay ningún enlace refback.




Copyright (c) 2021 Boletín de Malariología y Salud Ambiental